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POLÍTICA
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Lula dispara contra Alckmin por drama da água em

SP:

“Será que ninguém pensou em fazer mais um

poço?”

Ex-presidente diz que PT fez na Presidência mais do que foi feito por antecessores no século 20

Ricardo Stuckert/16.05.2014/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (16), de um encontro com blogueiros e ativistas digitais na capital paulista e criticou o atual governo de São Paulo por causa da falta de planejamento para evitar o drama da água no Estado. Lula questionou o uso do volume morto da cantareira,que elevou o nível do sistema de coleta de água para 26,7%.

Em tom de campanha em favor de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Lula aproveitou a presença do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, na plateia e alfinetou o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).

— A questão da Cantareira. Ah, se fosse da sua responsabilidade, Haddad... o que teria acontecido com você? Inauguraram um negócio chamado volume morto. Se eles têm capacidade de ressuscitar um negocio morto, por que não fizeram antes?

O ex-presidente explicou que visitou o sistema Cantareira há 40 anos, mas, segundo ele, “de lá para cá, a cidade cresceu uma barbaridade”.

— Será que ninguém pensou em fazer mais um poço? Ou eles acham que nordestino que vem para cá não bebe água? Cadê o choque de gestão? Choque de gestão significa redução de salário e dispensa de trabalhador.

Ao discutir o momento político do País, Lula afirmou que o brasileiro precisa “voltar a ter orgulho de ir para a rua e de fazer a crítica que tiver que fazer”. De acordo com o ex-presidente, “o que aconteceu nesses 11 anos [do PT do Palácio do Planalto], não aconteceu no século 20”.

O ex-presidente aproveitou a ocasião para disparar contra o PSDB, partido que polariza junto com o PT a disputa política-eleitoral nas últimas duas décadas no País. Lula afirmou que os tucanos querem a volta da inflação e o desemprego no Brasil.

— Porque possivelmente, eles [os tucanos] não sabem o que é ficar desempregado. E não é fácil, é um milagre você manter a inflação dentro da meta. Modéstia a parte, eu fui um bom sindicalista e sempre sonhei que o Brasil teria 10% de desemprego. [...] Agora, a Espanha está com 20% e agora o Brasil deve estar por volta de 5%.

Preocupação política

O ex-presidente afirmou também que a sociedade brasileira está se distanciando da política, o que faz mal par ao futuro do País. Lula disse estar preocupado com a situação atual e convocou a população a se envolver com a política.

— Eu começo a me preocupar porque eu já vivi momentos como o que estamos vivendo hoje, um momento de dispersão de vontade, um certo momento de falta de perspectiva de um futuro melhor. As pessoas não conseguem enxergar o que vai acontecer.

Lula explicou que o brasileiro ascendeu socialmente e conseguiu estudar, mas agora quer incrementar o salário e busca um emprego melhor.

—Ele [o brasileiro] já se formou na faculdade, ele quer um emprego melhor, ele se formou, ele quer um salário melhor, ele tem mais informação. Temos que ter muito carinho com essas coisas.

Negação da política

O ex-presidente também condicionou o progresso e o desenvolvimento do País à participação e ao envolvimento do brasileiro com a política.

— Temos que saber que precisamos falar. [...] Se nós não estivermos dispostos a discutir, todo mundo passa a ser igual. Ninguém presta e todo mundo vai para a mesma vala. Me deem um exemplo de um país que melhorou depois da negação da política. Aconteceu assim com Mussolini ou com o Brasil em 1964. Tenho dito para a juventude que nos temos que fazer um debate, temos que convencer as pessoas a fazer política. É o Lula que não presta, ótimo. Tira o Lula e entra você. Agora, negar a política não pode.